
“Ocultando-se de Faraó, após haver matado um egípcio que torturava um hebreu até a morte, na Tenda de Jetro, me Mídia, Moisés teve a visão de uma sarça ardente que flamejava, iluminava, mas não emitia calor. Curioso, foi conferir de perto, pois sabia que era justamente no monte horebe que o Senhor fazia-se mais proximamente presente aos crentes. O Senhor ordenou a Moisés que tirasse as sandálias dos pés, pois ali era solo sagrado. Moisés perguntou respeitosamente ao Senhor se não estava ouvindo o clamor de seus filhos sofrendo a escravidão egípcia. Replicou-lhe o Senhor que o estava e que, por isso mesmo, havia escolhido Moisés para libertá-los do cativeiro e importante epopéia épica da antiguidade clássica. Tímido, Moisés relutou o quanto pode e ainda solicitou uma indicação direta: ‘minha gente pode perguntar o vosso nome. Como vos chamais?’ Disse-lhe Deus: ‘Eu sou. ‘Dirás aos Filhos de Israel que ‘Eu Sou’ o está enviando para libertá-los’”.
(Êxodo3,versículo 1 a 22)
Nesta passagem descrita em Êxodo, Deus identifica-se como “Eu sou”. A questão a ser levantada é relativa a escolha desta expressão para denominar-se. Reside nesta idéia, uma complexidade simbólica suscitada por sua não menos complexa realidade. A negação de nomes definitivos e limitados, propicia uma interpretação ampla, contemplando as possibilidades mais dignas da magnitude de sua natureza divina. Fica implícito, pela vacuidade do nome, todas as possibilidades interpretativas.
O que se pode depreender com essa passagem bíblica, é que, sendo Deus onipotente, onipresente e engendrador de todas as coisas, impossível se faz qualquer tentativa de conceituá-lo ou denominá-lo com nosso limitado código linguístico. Deus simplesmente é a natureza de todas as coisas. Uma fonte inesgotável de todas as possibilidades de existência. É a própria natureza da expressão “ser”, pois cumula, em sua sublime forma de existir, toda a potencialidade cíclica daquilo que propiciou. Um ser tão absoluto não pode ser mensurado ou limitado pelos conceitos de sua criação.
A escolha de um verbo sem transitividade, encerrando o “nome frase” em si mesmo, denota auto-suficiência, retirando-se, ele, da normalidade cíclica e transitiva de tudo aquilo que é iniciado por processo criativo. A incursão semântica do vocábulo, é uma alegoria da própria realidade que não se identifica ou se define por perspectivas. Uma realidade somente conhecida pela experimentação direta e absoluta.
Esse ensinamento sutil estabelecido no livro de Êxodo, reconhece a importância do poder iconoclasta em nossas vidas. Pois somente assim, desvencilhados dos limites que os conceitos nos impõem, podemos afirmar, categoricamente, que a experiência é a melhor, quiçá a única, forma de se conhecer plenamente a natureza de uma determinada realidade.
(Êxodo3,versículo 1 a 22)
Nesta passagem descrita em Êxodo, Deus identifica-se como “Eu sou”. A questão a ser levantada é relativa a escolha desta expressão para denominar-se. Reside nesta idéia, uma complexidade simbólica suscitada por sua não menos complexa realidade. A negação de nomes definitivos e limitados, propicia uma interpretação ampla, contemplando as possibilidades mais dignas da magnitude de sua natureza divina. Fica implícito, pela vacuidade do nome, todas as possibilidades interpretativas.
O que se pode depreender com essa passagem bíblica, é que, sendo Deus onipotente, onipresente e engendrador de todas as coisas, impossível se faz qualquer tentativa de conceituá-lo ou denominá-lo com nosso limitado código linguístico. Deus simplesmente é a natureza de todas as coisas. Uma fonte inesgotável de todas as possibilidades de existência. É a própria natureza da expressão “ser”, pois cumula, em sua sublime forma de existir, toda a potencialidade cíclica daquilo que propiciou. Um ser tão absoluto não pode ser mensurado ou limitado pelos conceitos de sua criação.
A escolha de um verbo sem transitividade, encerrando o “nome frase” em si mesmo, denota auto-suficiência, retirando-se, ele, da normalidade cíclica e transitiva de tudo aquilo que é iniciado por processo criativo. A incursão semântica do vocábulo, é uma alegoria da própria realidade que não se identifica ou se define por perspectivas. Uma realidade somente conhecida pela experimentação direta e absoluta.
Esse ensinamento sutil estabelecido no livro de Êxodo, reconhece a importância do poder iconoclasta em nossas vidas. Pois somente assim, desvencilhados dos limites que os conceitos nos impõem, podemos afirmar, categoricamente, que a experiência é a melhor, quiçá a única, forma de se conhecer plenamente a natureza de uma determinada realidade.
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